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O Interrogatório

O delegado Fagundes pergunta:
- Senhor Euclides, me relate o que aconteceu naquele dia.
- Bom, eu me levantei e fui ao banheiro para escovar os dentes e lavar meu rosto, quando ouvi a campainha tocar. Quando abri a porta, encontrei o homem caído, estava frio. Liguei para o socorro.
- Então, o senhor encontrou o homem pela manhã?
- Sim.
- À que horas foi isso?
- 08 horas.
- Como o senhor tem certeza da hora?
- Porque costumo olhar o relógio da cabeceira, logo que acordo!
- O senhor não ouviu nada quando se levantou?
- Não, senhor delegado.
- Não havia ninguém, além do homem caído, quando o senhor abriu a porta?
- Não, olhei para os lados, mas não vi ninguém.
- Porque o senhor chamou o socorro, e não a polícia?
- Achei que poderia ser somente um mal súbito!
- O senhor conhecia o homem?
- Eu o vi algumas vezes, sempre de quarta-feira, mas não sei em qual apartamento ele vinha.
- Bom, o senhor será chamado para mais esclarecimentos.

                                          ELIANA P. CORREIA ROMERO